Entre os dias 28 e 30 de março, em Fafe, o fim-de-semana de Páscoa veste-se com um traje um pouco menos eclesiástico. Três dias de concertos com uma proposta que continua a realçar a música independente e subversiva. O rock n’ roll e o seu campo lexical.
É já amanhã que inicia mais uma edição do Ano Malfeito, festa que celebra o aniversário da promotora fafense Malfeito e que, todos os anos, tem vindo a abalar a cidade minhota. Com um cartaz dedicado à exploração de linguagens distintas e alternativas, o Ano Malfeito integra doze nomes em dois espaços da icónicos da cidade, Café Avenida e Café Verde Pinho.
O Café Avenida recebe a revolta de alto volume do trio brasileiro Deafkids, que apresenta em Fafe o último disco “Ritos de Colapso” depois de uma série de datas em Portugal. Do Porto chegam os Conferência Inferno com o mais recente “Pós-Esmeralda” (entrevista Irreversível), trabalho que faz soar uivos noturnos de insurreição contra um desconforto que soa real. Também do Porto, Cobrafuma (entrevista Irreversível), formação com músicos de muito calo e que lançou em 2023 o disco de estreia, homónimo, causando um sincero sobressalto em todos os palcos que pisa: (Uma Noite Irreversível | 2ª Edição)
Fugindo para o Minho, os barcelenses Gator, The Alligator (entrevista Irreversível) arrancam em Fafe uma tour que revisita os três discos até então editados. A programação do Café Avenida completa-se com o noise dos bbb hairdryer, o eletro-punk d’O Triunfo dos Acéfalos, o punk de velha guarda dos fafenses Jesus Cristas; e com a seleção musical de Chequillas, Pearte e A Boy Named Sue, a encerrar as três noites de Ano Malfeito.
A proposta prolonga-se ao Café Verde Pinho para dois concertos durante a tarde. Sexta-feira com a atmosfera sombria e hipnótica de System Sophie; Sábado, com os rendilhados vocais e exploratórios de Inês Malheiro.
Os bilhetes para o Ano Malfeito 2024 estão disponíveis em BOL.PT e pontos de venda habituais.