Uma espécie de alquimia, fusão de música e palavra, degustação simbiótica. Pairam questões e flutuam reflexões. Tudo excessivamente degustado sem contra-indicações, como um pós-ébrio, daqueles com Bocas Que Sabem a Papéis de Música.
Bocas Que Sabem a Papéis de Música (76) – A Desobediência Civil
Henry David Thoreau em “A Desobediência Civil”, referido como o arauto da sistematização do conceito, Antígona na peça grega de Sófocles, Etienne de La Boétie no “Discurso da Servidão Voluntária”, Mahatma Gandhi no processo de independência da Índia e do Paquistão, Martin Luther King na luta pelos direitos civis e o fim da segregação racial nos Estados Unidos. São vários os exemplos dos que se opuseram a uma ordem política vigente, por esta não satisfazer as suas exigências enquanto indivíduos e cidadãos, conferindo-lhes desse modo o direito à desobediência. Outros pensadores, em particular do Iluminismo, já tinham abordado as possibilidades de sedição nas suas teses sobre a formação do Estado e a submissão do povo, tal como Hobbes, Rousseau e Kant também trouxeram o tema ao debate teórico.
São muitos… é certo mas deviam ser muitos mais… por isso o BQSAPDM quis juntar-se ao movimento de protesto político que confronta os opressores sem lutar fisicamente contra eles.
Não é preciso operar uma rebelião contra os tiranos, basta deixar de lhes prestar obediência.
Autoria, Locução & Realização:
Lady Jane Doe & Retroneofora
Jingle:
Jorge da Rocha (Música) & Peter de Cuyper (Locução)
Produção:
O Mau Produtor