Uma espécie de alquimia, fusão de música e palavra, degustação simbiótica. Pairam questões e flutuam reflexões. Tudo excessivamente degustado sem contra-indicações, como um pós-ébrio, daqueles com Bocas Que Sabem a Papéis de Música.

BOCAS QUE SABEM A PAPÉIS DE MÚSICA (129) – Cifras “Brancas”

(…) as vítimas permanecem na arbitrariedade de uma justiça que falha e que parece tardar para sempre.

BQSAPDM


Uma cifra negra representa a relação entre os crimes ocorridos, mas não registados oficialmente e o número de crimes reais. As cifras negras não são mais que a parte de um todo que fica por conhecer.
As causas para os algarismos ignorados são muitas e produzem diferentes efeitos nos intervenientes deste enredo triangular: o Estado entra em descrédito, os criminosos saem impunes e as vítimas permanecem na arbitrariedade de uma justiça que falha e que parece tardar para sempre.
Pelos vistos também existem as de tom dourado, as cifras dos VIPs, as de “colarinho branco“. Não faltam por aí exemplos de cifras douradas. E, pior ainda, é que mesmo aquelas que chegam ao nosso conhecimento em contexto, permanecem anónimas… e a culpa, que até tem um rosto, morre quase sempre solteira.
As cifras “brancas” do BQSAPDM são unidades estatisticamente transparentes. Nada há a esconder, está tudo às claras para se escapar ao estatisticamente verificável.

Autoria, Locução & Realização
Lady Jane Doe & Retroneofora

Produção
O Mau Produtor

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