Uma espécie de alquimia, fusão de música e palavra, degustação simbiótica. Pairam questões e flutuam reflexões. Tudo excessivamente degustado sem contra-indicações, como um pós-ébrio, daqueles com Bocas Que Sabem a Papéis de Música.
BOCAS QUE SABEM A PAPÉIS DE MÚSICA (131) – Crónicos Caprichos e Outros Cromos
Cada episódio um cromo, um exercício de colecionador.
BQSAPDM
Ao longo desta semana o BQSAPDM sentiu-se copiosamente tomado por uma vontade infundada de conjecturar sobre caprichos. Dos bons, está claro. Distanciou-se do sentido mais fútil do termo, nem por sombras esteve obstinado por uma ou mais ideias, nem desejou realizar fosse o que fosse sem razão ou motivo. Fez tudo sem qualquer demanda. A única coisa que quis levar avante foi a comutação e a criação de uma rede de intercâmbio de fantasias em sistema aberto e idiossincrasias totalmente a descoberto. Diz-se de uma Idiossincrasia que é uma “predisposição particular de um organismo para reagir de maneira singular a um estímulo ou agente externo.”. Da predisposição é evidente afirmar-se que, a do BQSAPDM, jamais poderia ser mais genuína e mais íntima e do comportamento é visível a propensão para a pessoalidade. Quanto ao agente pode dizer-se que já é produto de uma fusão com o sujeito. Fantasiar é primeiramente um ato solitário que depressa se transforma num processo gradual de acoplagem, um pacto de anexação voluntária. Para o BQSAPDM é. Cada episódio um cromo, um exercício de colecionador.
Autoria, Locução & Realização:
Lady Jane Doe & Retroneofora
Produção:
O Mau Produtor