Uma espécie de alquimia, fusão de música e palavra, degustação simbiótica. Pairam questões e flutuam reflexões. Tudo excessivamente degustado sem contra-indicações, como um pós-ébrio, daqueles com Bocas Que Sabem a Papéis de Música.
Bocas Que Sabem a Papéis de Música (158) – É só ligar os pontos para desatar os nós
Os jogos de ligar os pontos são quebra-cabeças, exercícios de conexão, de ligação de uns quantos pontos numerados. É suposto serem ordenados sequencialmente, segundo uma lógica numérica crescente. Desenham-se linhas entre pontos consecutivos sem levantar o lápis da folha de papel e no final do percurso, a linha forma um desenho, uma imagem feita ponto a ponto. Desenvolve-se a coordenação motora e a capacidade para reconhecer números e a expectativa da revelação no final do traçado mantém o jogador em suspenso por molas de antecipação. Com alguma prática, desenvolve-se a habilidade para antever a trajetória e adivinhar imagem antes mesmo de se marcar o ponto de partida, o número 1. Numa construção filosófica e literária vislumbra-se uma metáfora… cada ponto representa uma experiência. Às vezes, desconexos e nem vale a pena negar algumas derivas. Deixa-se o lápis à sua sorte e o traço acompanha a linha, acabando por uma narrativa significativa.
Autoria, Locução & Realização:
Lady Jane Doe & Retroneofora
Jingle:
Jorge da Rocha (Música) & Peter de Cuyper (Locução)
Produção:
O Mau Produtor