Uma espécie de alquimia, fusão de música e palavra, degustação simbiótica. Pairam questões e flutuam reflexões. Tudo excessivamente degustado sem contra-indicações, como um pós-ébrio, daqueles com Bocas Que Sabem a Papéis de Música.
BOCAS QUE SABEM A PAPÉIS DE MÚSICA (136) – Está tudo tão calmo…
Para o BQSAPDM as experiências verdadeiramente transformadoras são vivenciadas em tempos de acalmia. A ausência de qualquer forma de ruído funciona como um catalisador da mudança. Pensamento e sentimento ascendem a níveis jamais imaginados e ultimam-se os rituais para acabar com visões obsoletas. A circunstância bloqueia o ressurgimento de velhos hábitos. Está tudo tão calmo. É tempo de renascer ou de ganhar uma nova vida e os estímulos instigam a repensar e apelam à indulgência pelos os erros dos natais passados, tipo Mr. Scrooge no romance de Dickens. O livre arbítrio é propriedade inalienável e concretiza-se numa escolha solitária, acompanhada apenas pelas consequências que se antecipam no momento da decisão. Muitas ou poucas, são as possíveis, as que estão disponíveis.
Com esta ideia em mente, o BQSAPDM pegou num excerto da obra The Doors of Perception and Heaven and Hell de Aldous Huxley e narrou o episódio de hoje com excertos retirados desse excerto. Está tudo tão calmo. E este é o momento certo para uma experiência transformadora. Está tudo tão calmo. Sem dramas melodramáticos, será cada um por si!
Autoria, Locução & Realização:
Lady Jane Doe & Retroneofora
Produção:
O Mau Produtor