Uma espécie de alquimia, fusão de música e palavra, degustação simbiótica. Pairam questões e flutuam reflexões. Tudo excessivamente degustado sem contra-indicações, como um pós-ébrio, daqueles com Bocas Que Sabem a Papéis de Música.

Para aligeirar a mente e desarmar a nuvem negra do último episódio, o BQSAPDM perdeu-se a brincar com a Palavra e a Fonética, a elaborar jogos mentais e marginais destinados àqueles para quem a palavra produz som. Ainda que exista para além dele, a palavra está amplamente ligada ao som, às vibrações que emite ao ser pronunciada. A fonética, ramo da linguística, estuda os sons produzidos pela fala humana e é também ela essencial à composição musical. Yevgeny Zamyatin, no seu romance “Nós”, extrema os aspetos mais totalitários e o conformismo da sociedade industrial moderna. De acordo com o Estado, o livre-arbítrio é o principal responsável pela infelicidade e por essa razão impõe aos cidadãos uma vida controlada com precisão matemática e baseada nos sistemas de precisão industrial postulados por Taylor. Nesta sátira futurista distópica tudo, até a composição musical, era concebido aritmeticamente, um mero produto de algarismos, cálculos e cifras exactas.


Autoria, Locução & RealizaçãoLady Jane Doe & Retroneofora
ProduçãoO Mau Produtor

Editorial:
Semanalmente, aos Domingos na Irreversível, Bocas Que Sabem A Papéis De Música.

Deixar um comentário

WP Radio
WP Radio
OFFLINE LIVE