Uma espécie de alquimia, fusão de música e palavra, degustação simbiótica. Pairam questões e flutuam reflexões. Tudo excessivamente degustado sem contra-indicações, como um pós-ébrio, daqueles com Bocas Que Sabem a Papéis de Música.
Bocas Que Sabem a Papéis de Música (145) – Quem anda à chuva, molha-se!
O BQSAPDM regressa ao assunto debalde, às benditas e às malditas causas e efeitos dos feitos e dos preceitos. A vida é em si mesma uma decisão e a causalidade é tramada. Impossibilitado de escapar ao vaticínio da escolha, teve de eleger a expressão que daria título ao episódio. “Quem anda à chuva, molha-se!” foi a feliz contemplada entre tantas outras que partilham do significado: “Fizeste a cama, agora deita-te nela”; “Quem semeia ventos, colhe tempestades”; ou ainda “Quem brinca com o fogo, queima-se”. Enfim, foi esta. O resto da investigação para se determinar as motivações e as contradições é uma perda de tempo. Conviver com as escolhas é meio caminho para não se ficar encharcado caso chova ou faça sol. Invariavelmente têm riscos e não se sabe o pior ou o melhor que contêm. Na passada sexta-feira, o BQSAPDM estreou-se em formato DJ SET. Caótica a pender para a tragicomédia, era uma das consequências naturais. Com o seu olho clínico no diagnóstico de estados de ansiedade cujo efeito é cativo, deixou as vésperas em casa e fez-se acompanhar por uma ideia: “O que tiver de ser, será. E será bom!”. E foi. O tema de hoje nasce dessa ideia e não perdeu um segundo a antecipar os impactos das alternativas causais… Agora é bom que se aguente à bronca e saiba “levar a água ao seu moinho” … agora é que vão ser elas. Depois do Ping… lá vem o Pong… Ping-Pong.
Autoria, Locução & Realização:
Lady Jane Doe & Retroneofora
Jingle:
Jorge da Rocha (Música) & Peter de Cuyper (Locução)
Produção:
O Mau Produtor
