Os Cobrafuma são constituídos pelos experimentados José Roberto Gomes (Solar Corona, Killimanjaro), Azevedo (Plus Ultra, O Bom O Mau e o Azevedo), Rui Pedro Martelo (Greengo, Krypto) e Chaka (Greengo, Krypto), e editaram o seu LP de estreia com selo da Lovers & Lollypops.

Cobrafuma © Pulsar
Cobrafuma © Pulsar

A Irreversível esteve ontem na apresentação do disco no Woodstock 69 – Porto, numa noite em que, em certos momentos, havia tanta gente no ar como no chão. 45 minutos de malha atrás de malha, sem espaço para o pessoal recuperar o fôlego. Verdadeiro rock ‘n roll puro e duro.
Antecipando este concerto e a apresentação do disco, estivemos à conversa com a banda que vai certamente agitar e desassossegar os palcos por onde passar.

José Roberto Gomes – Cobrafuma © Pulsar


É rock ‘n roll pós-pentatónico sem limite de velocidade.

Cobrafuma


Irreversível – Olá, Malta! Obrigado pela vossa disponibilidade para esta entrevista. Parabéns pelo disco, é a rasgar! Antes de qualquer outra pergunta, como surge este projecto Cobrafuma que une 4 nomes reconhecidos do underground nacional? A ideia era mesmo criar uma espécie de “supergrupo” ou não é nada disso… contem-me tudo…
Cobrafuma – Não nos consideramos supergrupo nenhum. A história é a seguinte: Em Fevereiro de 2020, pouco antes de começar a pandemia, nós os 4 fizemos um show surpresa no aniversário do Woodstock 69 em que tocamos umas covers de Kyuss, Sleep, Motorhead, Black Sabbath, Stooges, só coisas boas. Em Março estoura a pandemia e todos os nossos projectos (Greengo, Krypto, O Bom O Mau e o Azevedo, Killimanjaro, Solar Corona, etc) ficam parados. Uma vez que abundava o tempo e as guitarras se estragam se ficarem paradas, resolvemos juntar-nos para curtir. Os ajuntamentos tornam-se proibidos pelo governo e a situação fica ainda mais castiça. Passado uns meses, o rock reabre e nós temos malhas e um nome de banda. Se calhou de ser um supergrupo ou não, não sei, mas já é costume as más influências andarem juntas.

Irreversível – Qual o conceito por detrás de Cobrafuma e quais são as vossas expectativas?
Cobrafuma – Não há um grande conceito: é tocar rápido, alto e bom som, com os devidos breakdowns para respirar um bocado. Esperamos tocar rápido, alto e bom som.

Irreversível – Como é o vosso processo criativo?
Cobrafuma – Vamos mandando riffs uns aos outros por whatsapp e à 4ª feira juntamos-nos no STOP para montá-los. Depois, antes de ir dormir, a par da taquicardia das 3 da manhã, escrevem-se uns versos, que são meticulosamente talhados para caber entre riffs.

Irreversível – Esperam alguma evolução nas músicas do novo disco conforme as tocam ao vivo?
Cobrafuma – Vão ser melhor tocadas ao vivo que no disco, vos garanto.

Irreversível – Quais são as vossas fontes de inspiração?
Cobrafuma – Superstições populares portuguesas, noites longas e afiadas, MetallicaKill’ Em All“, irmãos Cavalera, whiskey do Lidl Queen Margot, Toni do Woodstock 69 Rock Bar.

Irreversível – Pessoalmente detesto rotular bandas. É quase sempre limitativo, mas por vezes é necessário fazê-lo. Se tivessem de explicar o tipo de som que fazem, como o descreveriam?
Cobrafuma – É rock ‘n roll pós-pentatónico sem limite de velocidade.

Irreversível – O que é irreversível?
Cobrafuma – O Buraco. O Buraco é irreversível, não o podes tapar nem lhe podes escapar.

Cobrafuma © Pulsar
Rui Pedro Martelo – Cobrafuma © Pulsar

Os Cobrafuma vão andar a espalhar seu rock de aço e cheio de veneno pelos palcos nacionais, com destaque Irreversível para as passagens pelo Basqueiral, L’Agosto e WoodRock.


*foto de capa © Pulsar

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