O Auditório do CCOP recebeu Camille Camille e Widowspeak.

A noite já se esperava relativamente suave, mas Camille Camille, a quem esteve entregue a 1ª parte, transportou o público para momentos de algodão-doce para os ouvidos. Músicas com grande dose de meiguice, que me recordaram várias vezes o universo Hope Sandoval (o mesmo acontece com Widowspeak, curiosamente). Camille Camille mostrou que conhece e domina muito bem a sua bela voz, tendo criado uma interessante empatia natural com a audiência. Boa surpresa para quem como eu não conhecia a artista belga.

Camille Camille | © Rafael Farias – Pic-Nic Produções


Os Widowspeak traziam na bagagem o seu recente longa-duração The Jacket. Molly Hamilton e Robert Earl Thomas levam já mais de uma dezena de anos de reconhecidos palcos, que lhes dão a competência e mestria para sem qualquer surpresa proporcionarem um bom concerto.
Molly Hamilton é naturalmente melosiosa na voz e postura, enquanto a Robert Earl Thomas estão reservados os piques e nuances. Bem acompanhados pela restante banda, constroem canções à moda dos 60´s, com indesfarçável feelling nova-iorquino. Uma dualidade showgazer com indie-folk, provando que mundos aparentemente distantes podem coexistir.
Widowspeak sabe a compota de frutos silvestres caseira, daquelas como a avó ou a tia fazem, daquelas que ainda trazem incluidos pequenos bagos e grânulos, oferecendo carácter e personalidade, tornando-a assim incomparável.


Widowspeak | © Rafael Farias – Pic-Nic Produções

Widowspeak | © Rafael Farias – Pic-Nic Produções

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