A gig.ROCKS! é uma estrutura artística 360º sediada em Braga, especializada em booking, management e production. É tudo isto e muito mais, fazendo as coisas com a cabeça de quem sente com o coração.
João Araújo, Manager e Produtor na gig.Rocks, antecipa o Courage 2023 em conversa com a Irreversível.
Irreversível – (…) MadMadMad, Unsafe Space Garden e Jepards, são 3 artistas representados pela gig.ROCKS! que estão confirmados para o Courage Club 2023 e são concertos a não perder…
João Araújo – … Não devemos perder qualquer um dos concertos desta edição do Courage Club. Apresenta um cartaz diversificado e com muita qualidade. No caso dos que nos tocam, começando por Jepards, estes jovens de Fafe apresentam um rock musculado e refinado que tanto se pode sentir ao vivo, como em disco. Fazem parte de uma nova leva de artistas emergentes facilmente inseridos na cena indie/garage rock nacional. O disco é redondinho, e o concerto vence pela garra e intensidade com que se apresentam, sempre!
Falar de Unsafe Space Garden é falar de uma criatividade que não se esgota, de uma performance impactante, e de música/arte que tem tanto de tensão, como de magia. É possível sentir emoções de muitas formas e feitios, entrando num infinito imaginário, no concerto de Unsafe Space Garden. Acredito que no Courage Club não será diferente. Este percurso, que temos acompanhado de perto, tem deixado marcas de crescimento num dos projetos emergentes mais interessantes da cena alternativa nacional. Em breve poderemos todos ouvir o 1º single do novo disco da banda, que sairá ainda no 1º semestre de 2023.
MADMADMAD chegam-nos de Londres e apresentam um som único e irreverente que pode, certamente, ser sentido num concerto que não sabe quando parar. Depois de duas passagens por Portugal, numa tour de inverno em 2021 e no Tremor 2022, sentimos agora que a banda ganhou terreno e público que justifica o destaque que lhes é dado nesta edição do Courage Club. Com tamanho groove que a secção rítmica nos oferece, e com mestria numa experimentação sem fim nas máquinas, podemos dançar livremente e sem parar ao som do seu último disco “MORE MORE MORE“, não descartando a possibilidade de ouvirmos temas novos de um próximo trabalho que não tarda a sair.
Irreversível – Que impacto pode ter um festival como o Courage Club no percurso
de um artista/banda?
João Araújo – Dependerá sempre da dimensão e da fase atual que cada artista atravessa ou vive. Acredito que, para os MADMADMAD, represente um claro sinal de que Portugal aprecia a sua arte, sendo a 3ª incursão da banda no país, em 3 anos consecutivos. Esta aposta do Courage Club acaba por validar a qualidade da banda e permitir que esta se mostre para novos públicos e em novos contextos.
No caso dos Unsafe Space Garden, que é prata da casa, denota-se um reconhecimento pelo talento e trabalho que a banda tem mostrado ao longo do último ano e meio. Jogar em casa não é sinal de conforto, pelo contrário, é responsabilidade acrescida de fazer valer a aposta e proporcionar ao público um momento de felicidade, tal e qual como eles nos habituaram. A oportunidade de fazerem parte de uma montra de artistas nacionais e internacionais tão interessantes, permite que a banda se mostre no seu melhor nível, e isso poderá ter a consequência que procuramos em conjunto – a consistência, o trabalho e o sucesso.
Os Jepards ocupam o lugar do novo rock emergente da tuga, e acreditamos que essa sensação não lhes é indiferente. Poder partilhar palco e backstage com artistas mais experientes e que podem servir-lhes de referência, acaba por resultar numa aprendizagem que, com a capacidade e honestidade que estes 4
jovens talentosos oferecem, terá certamente nota positiva. Vemos a banda motivada e entusiasmada para agarrar esta oportunidade que, dada a dimensão e contexto, pode mudar (para melhor) o percurso dos Jepards no panorama emergente nacional.
Irreversível – Para além dos concertos dos artistas acima mencionados, que outros não devemos perder no Courage Club 2023?
João Araújo – Não querendo ser repetitivo, a verdade é que todo o cartaz tem qualidade e diversidade para atrair um público eclético. Por isso, acredito que no dia 17 e 18 de fevereiro, não faltarão razões para se sentir casa cheia em cada um dos concertos anunciados.
Não focando nos cabeça-cartaz, que dispensam apresentações, dada a qualidade e dimensão, e deixando o óbvio em cima da mesa, MADMADMAD, Unsafe Space Garden e Jepards, recomendamos que não se percam os concertos dos portugueses Glockenwise que poderão abrir o véu ao novo disco que se avizinha; Wu-Lu, que nos chega de Londres e promete uma mistura de guitarras grunge com breaks de drum’n’bass e atmosferas claustrofóbicas – palavras do Phillipe Roberts – Pitchfork; e A Garota Não, que vem à boleia de um belo novo disco, que nos oferece uma portugalidade ao estilo folk, com uma
lírica refinada e uma voz expressiva que impressiona e encanta.
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Irre
Nada de novo