Pace, o novo álbum da banda, um dos discos nacionais do ano para a Irreversível, dá a conhecer uns Solar Corona reformulados. Fui até ao Gare motivado para confirmar as expectativas.

Solar Corona © Sara Sofia Melo


O trio, que se estendeu a quarteto nos últimos anos, apresenta-se agora sem o saxofone de Julius Gabriel, mas mantêm-se em quadra com a inclusão de Nuno Loureiro na maquinaria, mantendo Peter Carvalho na bateria, Rodrigo Carvalho na guitarra e synths, e José Roberto Gomes no baixo.
Bastaria isto para se entender que existe uma nova vida nos Solar Corona, mas as mudanças vão além dessa alteração. Há uma nova sonoridade, mais grave, hipnotizante e alucinogénica.

Solar Corona © Sara Sofia Melo


Ao 1º tema, “Heavy Metal Salts“, os Solar Corona conquistaram o público nesta apresentação do novo disco. No fim, foi óbvio que a larga maioria dos presentes queria mais.
Os Solar Corona criam uma atmosfera RockHard & Roll, marcada pelo Stoner, que vai do Psy até ao Experimental, numa viagem que nos transportou para Sky Valley vindos de uma cave em Berlim, com passagem por um club em Machester, tudo muito bem temperado de Acid Rock.

Solar Corona © Sara Sofia Melo


Realce ainda para a disposição da banda, em quadrado no centro da sala, fechados sobre si próprios, algo que funcionou muito bem no Gare, quer para o público, quer, aparentemente, para os músicos, dando um cariz particular à actuação.

Solar Corona © Sara Sofia Melo


Para quem como eu foi imediatamente conquistado pelo novo disco, o concerto seria apenas para confirmar os atributos. Mas foi mais do que isso. Nesta apresentação, os Solar Corona presentearam o público com uma prestação de nível muito elevado, coesos e estimulantes, prometendo ser uma das bandas nacionais mais cativantes ao vivo em 2023, assim se juntem palcos nacionais à já anunciada tour europeia.

Foto de capa © Sara Sofia Melo

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