Os Putan Club actuaram por entre as ruínas do Paço dos Condes de Barcelos, num concerto promovido pelo Triciclo.

Putan Club | foto © Jorge Ribeiro


O duo franco-italiano está nos antípodas da larga maioria de bandas/projectos que actuam pelos palcos nacionais. Começando logo pelo facto de não necessitarem de palco. Tocam no meio do público, promovendo a intimidade e a partilha da intervenção. Por vezes crus e simples, outras complexos e intricados, os Putan Club derramam música produzida nas entranhas e saída directamente das veias.
Dificilmente os classificamos em algum segmento do rock, o som que criam é verdadeiramente único, mas num exercício meramente especulativo e redutor, pode-se dizer que cruzam os carris do Industrial, misturado com electro-punk-goth-jazz-rock, tudo destilado e enfiado pela goela abaixo da audiência.
É improvável que fiques indiferente.


Os Putan Club são um soco no estômago dos cânones mainstream e/ou indie da indústria musical contemporânea. Vivem assumidamente nas franjas e para as franjas, frontalmente e sem dar azo a erradas interpertações: “Putan Club destina-se a uma célula de resistência” (…) “desde o beijo na boca até ao pontapé no rabo” (…) “Putan club não pertence a nenhuma igreja, rock, techno, jazz, avant, punk, world ou what-the-fuck-ever, mas reivindica o direito de ser tudo isso, ainda mais.


Aqui o escriba foi bebendo Putan Club como se deve, purinho e gota a gota, directamente do alambique criado por François Cambuzat & Gianna Greco, no belo cenário envolvente das ruínas de um castelo construido no século XV e, aparentemente para quem ali esteve presente nesta noite, destinado a mais um momento de resistência.

Putan Club | foto © Jorge Ribeiro

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