Os Desert’Smoke arracaram para a sua 1ª tour europeia no Maus Hábitos – Porto.
Numa noite de forte intempérie a norte e na cidade do Porto, os Desert’Smoke trouxeram com eles os quentes ventos desérticos e proporcionaram visões de paisagens áridas sem fim, pontuadas por cactos e alguns escorpiões, a plateia foi picada diversas vezes. Gotas, só as do suor no público e banda.
O gig levava apenas um par de músicas e o Maus Hábitos apresentava uma audiência considerável para uma quinta-feira de temporal. Não esperava ver uma casa tão razoavelmente bem composta. Os stoners, onde me incluo, não perderam a oportunidade de assistir a um gig de um banda nacional que começa a abandonar o obscurantismo do desconhecimento por parte do underground. Claro que concertos como no Sonic Blast, ou abrirem para bandas como The Obsessed, tem despertado a curiosidade da comunidade.
Os 4 rapazes vindos de Lisboa deram um concerto sólido e eficiente. Prova disso mesmo foi o facto, que confesso nem tinha reparado no momento, chamaram-me à atenção disso, de o público se ter aproximado do palco sem necessidade da banda ter de vocalmente, logo eles que não tem vocalista, apelar a isso. “Gosto de ver uma banda que atrai o público para a frente do palco sem terem de estar a chamar o pessoal.“. A citação fica sem a referência ao autor, algumas conversas merecem ficar na intimidade.
No final do bom concerto de stoner-rock estava a conversar com o Luís Masquete – não, a citação anterior não é da sua autoria – trocávamos impressões e aqui o escriba comentava: “Vou ter de escrever umas linhas na Irreversível, os Desert’Smoke merecem, e lembrei-me de um par de coisas, como, por exemplo, o facto de hoje estar este dia de tempestade e o concerto deles ter-me levado para paisagens desérticas, áridas, pontuadas por cactos e alguns escorpiões.”. Ao que o Masquete me responde: “Foram ventos do sul“.
Foda-se, também já tinha título para a crónica.
Enquanto escrevo estas linhas, os Desert’Smoke andam em tour por alguns países europeus, certamente a conquistar novos públicos e a ganhar os tão importantes quilómetros de palco. É lamentável não terem mais uma única data em Portugal nesta tour, nomeadamente no fim deste circuito europeu, para começarmos já a avaliar o quão importante terá sido esta experiência. O feeling, a perícia e a competência stoner-rock os Desert’Smoke já demonstram, somando-lhe agora a bagagem e o traquejo da rotação em palcos, o próximo disco promete… Os concertos… Esses são viciantes e estimulantes, deve ser da picada.
Link entrevista Irreversível (vídeo) a Desert’Smoke @ Sonic Blast 2023