O Festival Política está de regresso em 2024 com a “Intervenção” como tema central da programação. Em Lisboa, o Festival Política ocupa o Cinema São Jorge de 3 a 5 de abril.
Em 2024, além de Lisboa, o Festival Política voltará a ter edições em Braga (Maio), Loulé (Outubro) e em Coimbra (Novembro).

A programação do Política para a sua edição em Lisboa combina 18 atividades em três dias, incluindo cinema, performances, música, humor, exposições e conversas de entrada gratuita. No ano em que se assinalam os 50 anos do 25 de Abril, a programação convoca jovens artistas, criadores, académicos e ativistas a desenvolverem propostas e reflexões focadas na necessidade de fomentar a participação dos cidadãos nos actos eleitorais e o envolvimento com as instituições e as suas comunidades.

Um dos destaques da programação de 2024 em Lisboa é o espetáculo de humor com Hugo Van Der Ding na noite de 5 de abril. “O que importa é participar” percorre as participações especiais da História de Portugal que comprovam a importância da participação ainda que, por vezes, não levemos a taça para casa.

Na programação musical há concertos dos recém formados Miss Universo (3 de Abril) e dos já experientes Luta Livre (4 de Abril) em formato especial . De um lado há a apresentação de um novo valor da música portuguesa que nos traz canções de inquietação política juvenil criadas por André Ivo e Afonso Branco, duo que se estreia nos lançamentos com o singleSer Português” e que lançará o seu primeiro álbum no final do próximo verão. Do outro lado temos o conhecido projeto de Luís Varatojo que apresentará a Luta em formato acústico, num espetáculo/tertúlia que dá primazia à palavra e fomenta o diálogo com o público. Nas palavras de Varatojo: “Não será um comício, mas antes uma assembleia, onde todos terão direito a pôr a boca no trombone.

O Política conta com debates e conversas em torno de vários temas: “Estas histórias ajudam a aumentar a intervenção cívica e política?” tem como ponto de partida jovens e moradores “repórteres comunitários” de Mem Martins (Sintra), Chelas (Lisboa) e Casal da Boba (Amadora); a apresentação oficial do projeto audiovisual “Faz-te Ouvir” propõe desmontar preconceitos e estereótipos associados às comunidades ciganas em Portugal; a performance/conversa “A minha identidade é um insulto” analisa a procura do próprio espaço cujo direito continua a ser negado; e ainda a estreia do formato Beers&Politics em Portugal, com a presença de João Paulo Batalha e que tem como premissa o falhanço do combate à corrupção.

A secção de cinema é composta por uma seleção de 11 produções, entre curtas e longas-metragens, filmes de animação, ficção e documentários. Destaque para os documentários “Sapadores da Humanidade” (de The Gandaya Colletive), que conta a história de vida sinuosa de António José Botelho de Vasconcelos; “A cor da liberdade” (de Júlio Pereira), que parte da história de José Pedro Soares, ex-preso político que foi detido e torturado pela PIDE entre 1971 e 1974, contextualizando Portugal e a sua realidade à época; e “Maghreb’s hope” (de Bassem Ben Brahim), um retrato das experiências de pessoas queer do Magrebe. Os premiados “Monte Clérigo” (de Luís Campos) e “Mistida” (de Wilker Nhaga) também integram a seleção de 2024.

Nesta edição de Lisboa do Festival Política será possível contar com quatro exposições: “História LGBT+ em Portugal” consiste num panorama histórico da comunidade LGBT+ em Portugal; “Afinal quantas pessoas se abstêm em Portugal?” é uma análise aos números oficiais da abstenção; “Polarização afetiva: causas e implicações para o sistema democrático” baseia-se em papers científicos sobre o fenómeno; e “MulheresPPT” celebra as mulheres que desempenharam papéis cruciais na política portuguesa.


A restante programação está disponível para consulta e pode ser acedida através do site:
Festival Política

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