É a hora! Parto à descoberta destas novas cidades, das suas músicas e dos seus talentos.
Voltar ao “Inferno” é, na verdade, voltar a um paraíso, ao nosso país, à nossa cultura!
É um privilégio retratar o talento português; músicos, tatuadores, bloggers, designers, e tantos outros. Cada imagem que capto é um fragmento da alma do nosso povo, uma história contada em pixels, risos e cores. É nesse cruzamento, entre a arte e a paixão das pessoas pela música, que encontro a minha vocação para fotógrafo.
Tenho memórias do Inferno das Febras 2024 que guardo como troféus: amigos a erguerem-me no ar ao som de Mata Ratos. O encontro inesquecível com Francisco Barros, o “Srº Irreversível”, com quem passei incontáveis horas ao telefone trocando ideias para estas rubricas. Ironicamente, foi preciso ir ao “Inferno” dos festivais para finalmente o conhecer. A música tem esse dom raro de aproximar pessoas e desenvolver amizades.
Inevitavelmente, chegou a hora da despedida. Sou mais um “Tuga” imigrante, um fotógrafo à procura de oportunidades – a cada mês, troco câmeras e lentes como se fossem brinquedos. Mas o idioma, o frio e a distância ainda me deixam muito desconfortável. O neerlandês é o death-metal das línguas europeias… Guturais indecifráveis!
Assim, deixei o “Inferno”, o caldo verde e a febra -foi a Última Ceia– para voltar aos Países Baixos, país do frikandel, patat & mayonaise. Godverdomme!
8ª edição da rubrica “Barulho, câmera, ação!“, autoria de José Luís Ferreira.
O Zé é um apaixonado pela música e por fotografia. Vivendo actualmente nos Países Baixos, vai permitir à Magazine ter um visão diferente daquilo a que estamos habituados em solo lusitano. Esse foi o mote para esta ligação Irreversível.