Está agendada para dia 24 de julho uma concentração em frente à Câmara Municipal do Porto às 15:00h e, às 19:30h, uma marcha dali até ao STOP para reivindicar a abertura das salas.


O centro comercial STOP, situado no centro da cidade do Porto, é um dos pontos mais emblemáticos da cultura independente do país, que nas últimas décadas foi sistematicamente reconhecido, tanto em Portugal como no estrangeiro, como um dos epicentros de cultura, referenciado na comunicação social / blogosfera / meios digitais, quer nacionais, quer internacionais.

Na passada terça-feira, dia 18 de Julho, uma ação policial acionada pela Câmara Municipal do Porto, sem aviso prévio, encerrou 105 de um total de 126 lojas. Neste momento, cerca de 500 pessoas estão sem sala para ensaiar, guardar material, dar aulas ou até mesmo desenvolver atividades comerciais, no caso das lojas, o que compromete severamente a sua subsistência e a produção cultural da cidade.

A missão dos músicos e lojistas do STOP é continuar a manter aberto este espaço emblemático e orgânico, garantindo o seu contínuo acesso ao público e, ao mesmo tempo, proporcionando um ambiente propício para que os profissionais do setor cultural possam prosseguir com as suas atividades, sem negar uma intervenção no espaço que garanta as condições de segurança mínimas do edifício.

Assim, para reivindicar a abertura imediata das salas, dia 24 de Julho está marcada uma concentração em frente à Câmara Municipal do Porto às 15:00 e 19:30 marcha até ao STOP.

É que não há muitos exemplos na Europa de um espaço como aquele. É um caso único porque não conheço nenhum exemplo em que tudo é legal, em que as pessoas que ocupam o espaço não são ocupas, pagam rendas, aparentemente do lado deles está tudo legal. Politicamente parece-me uma aberração o que a Câmara Municipal do Porto está a fazer.

Adolfo Luxúria Canibal, em entrevista à TSF

Artistas de norte a sul do país já frequentaram e/ou usufruem atualmente do espaço. Apenas para enumerar alguns: Ornatos Violeta, Throes + The Shine, Kilimanjaro, Best Youth, Manel Cruz, 10000Russos, Greengo, Capicua, Retimbrar, Glockenwise, Conjunto Corona, Fugly, Batucada Radical, Solar Corona, Repórter Estrábico, Lyzzärd, Summer of Hate, Wanderer, Boulder, Gallows Rites, Jarda, Cobrafuma, Lemon Lovers, Alcoholocaust, Cape Torment, Idle Hand, são apenas alguns dos tantos tantos nomes que fizeram do STOP casa.


Stop © Pulsar
Stop © Pulsar



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